quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Coisas na minha terra

Eu quando estou de férias vou sempre para uma aldeia que se chama Monte do Pardo. Fica no Alentejo. Lá tenho um tanque pequeno, mas eu imagino que é uma piscina muito grande e dou lá grandes mergulhos. De lá é que eu nunca mais saio!
Lá há um quintal muito grande, mas eu imagino que é um campo de futebol para eu jogar à bola.
No Pardo tenho dois cãezinhos, eles são os meus companheiros de aventuras. Nós vamos sempre para a horta do meu avô. Eu transformo a horta numa selva. Lá nós observamos muitos animais selvagens: as galinhas da minha avó são avestruzes, os cães da vizinha são raposas, as minhocas cobras, as lagartixas são crocodilos e os gatos são tigres e leões.
De repente oiço um grito. Penso que é um animal em perigo então vou a correr mas afinal era a minha avó a chamar-me para lanchar.
Vêem, é só imaginar.

Francisco

4 comentários:

  1. Meu querido filhote também eu já imaginei mundos e lugares secretos no "nosso" Alentejo.
    Ainda hoje o entardecer de Verão, no "nosso" Alentejo, me arrepia a pele e me aviva a belissima memória das grandes "férias grandes". Quando voltava para casa a dormir em pé,agarrada à minha avó depois de um dia de pescaria, banhos e aventuras...
    Adorei o teu texto e as nossas semelhanças.
    beijo

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  2. Olá Francisco,

    Também me deixaste a imaginar como seria bom conhecer bem esse Alentejo de que falas.
    Que tem paisagens lindíssimas, comida fantástica, vinhos de qualidade insuspeita e gente fabulosa para quem o tempo parece ter outro andamento.
    O tempo no Alentejo ainda segue, vagaroso, numa carroça, enquanto que nas grandes cidades, o malandro, já se habituou a altas velocidades e ainda nem sequer temos TGV!
    Que bom é dar asas à imaginação, esse dom que nos é dado a todos à nascença, que vocês crianças utilizam como ninguém e que nós, adultos, teimamos em deixar passar por nós e perder-se algures, quando é um dos bens mais preciosos que possuímos.
    Eu não tenho essas recordações do Alentejo, mas tenho as minhas de infância e ainda me recordo das brincadeiras, pessoas, lugares e emoções, que fizeste despertar com este belo texto.
    Obrigado, Francisco, por me teres feito sorrir, e espero que tal suceda com todos os outros que por aqui passarem.
    Beijinhos para ti da Daniela, que um dia dará o devido valor às suas recordações, e da família...

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  3. ola francisco fizesteme tabem sonhar sobre a minha terra portanto continua assim que vais bem

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  4. Meu netinho, gostei muito do teu texto. Revela um grande sentido de observação. Gostei muito de teres falado do nosso Alentejo.
    Apreciei o facto de teres como base coisas tão reais como o tanque, o quintal, as árvores e os animais que cá tenho. Partindo deles conseguiste criar um texto que nos transporta para um lugar imaginário onde nos sentimos crianças outra vez.
    Continua a escrever e a imaginar.
    Beijinhos do avo Xico Carico.

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